Billy Wilder que a dirigiu em dois de seus melhores filmes - O Pecado Mora ao Lado e Quanto Mais Quente Melhor -, dizia que Marilyn Monroe sabia criar o inferno num set de filmagem. Vivia sempre atrasada, esquecia o texto, tinha flutuações de humor. Uma simples cena de Quanto Mais Quente Melhorteve de ser repetida 50 vezes. E daí, perguntava o próprio Wilder? Na tela, Marilyn nunca é menos que esplendorosa. Um ícone de sexualidade. MM já era mito quando morreu, sozinha, em 5 de agosto de 1962, de uma dose excessiva de barbitúricos. Há controvérsia se foi um simples acidente, se quis se matar e até se foi assassinada. Marilyn estaria tendo um envolvimento com o presidente John Kennedy, já se havia envolvido com gângsteres e isso criava um problema para a Casa Branca.
Completam-se no domingo 50 anos da morte de Marilyn Monroe. O fato de ela haver morrido aos 36 anos, e em plena exuberância, certamente contribuiu para a permanência do mito. O público nunca teve outra imagem de Marilyn para cotejar. Pense em Marilyn e ela virá sempre jovem, eternamente bela como Chérie em Nunca Fui Santa, de Joshua Logan, ou Sugar em Quanto Mais Quente Melhor - sacudindo o bumbum em sua primeira cena, quando corre na estação de trens e a câmera segue colada em seu traseiro. Ou então naquele vestido cheio de brilhos (e que ressalta as formas voluptuosas) quando canta Happy Birthday, Mr. President - para John Kennedy.
É um dos mistérios do cinema. Como símbolo de vida, eterniza a imagem. Mas a própria imagem faz dele um signo de morte, porque ela não muda, repete-se ao infinito. Marilyn, eternamente jovem. É assim que ela ressurge em Quanto Mais Quente Melhor, que reestreia hoje em cópia nova, e também será vista no domingo, na maratona de sete filmes programada pelo canal TCM para lembrar sua morte. E até num pacote de DVDs, uma caixa Marilyn. Um parêntese - curiosa trajetória, a do próprio Billy Wilder. Colaborador de Ernst Lubitsch, de quem foi roteirista, ele se afirmou primeiro no film noir, antes de fazer sua opção pela comédia.
Fonte: LUIZ CARLOS MERTEN - O Estado de S.Paulo
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