O cineasta alemão realmente não para de trabalhar. Tem sido visto em festivais, divulgando seu documentário, em parceria com André Singer, "Meeting Gorbachev", a respeito do ex político soviético. Mas quando o filme havia estreado em Festival de Filmes de Telluride, uma semana antes do Festival de Toronto (TIFF), Herzog já havia terminado a produção de dois novos projetos.
No TIFF, o diretor disse ao site IndieWire que vai atuar em um grande filme de franquia, sobre o qual ele disse que não pode contar ainda. "Eu não posso dizer o título. O codinome é Huckleberry. Pelo amor de Deus, é só um disfarce," disse ele.
Herzog declinou em dar maiores detalhes, mas o papel vai marcar a primeira vez em que ele apareceu em uma produção de estúdio desde 2012, com filme "Jack Reacher", onde ele fez um vilão soviético, chamado Mr. Big. Esse papel veio depois de seu renovado interesse em trabalhar nos Estados Unidos, depois de "O Homem Urso", de 2005 e do documentário narrado por ele, "Encontros no Fim do Mundo", de 2007, que lhe uma indicação ao Oscar. "Eu sou muito mais conhecido no mundo pelos filmes que eu fiz 40
Timothy Treadwell em "O Homem Urso" |
Entre as possíveis produções que possam ter o nome "Huckleberry", um pode ser a iminente sequência de "Top Gun" (Ases Indomáveis), que tem no elenco um conhecido seu, Tom Cruise, assim como terá Val Kilmer, famoso pela sua frase de efeito "Eu sou seu Huckeberry" no filme "Tombstone" (Tombstone: A Justiça está Chegando).
Durante o meio deste ano, Herzog esteve ocupado com dois projetos diferentes. Ele foi ao Japão para filmar um filme misterioso, na língua nativa do país, que ele não fala, usando atores amadores. "Tudo lá foi um desafio muito interessante," disse ele. "Eu tinha um tradutor muito bom. Eu preparava os diálogos de certa maneira, que uma situação seria descrita muito precisamente para os atores - encontrando as suas próprias maneiras no diálogo, mas tinha que acertar certas marcações. Tinha de ser preciso, porque eu tinha definições durante o decorrer da estória."
Ele usou câmeras digitais super leves para filmar os atores em cenas de multidão, junto com extras que não estavam conscientes que iriam aparecer no filme. "Foi muito natural, muito bonito," disse Herzog. O cineasta disse também que ele tinha antes ensaiado uma ópera no país, mas o novo filme marcou sua primeira direção naquele país. Ele não quis dizer o título do projeto ou falar sobre o roteiro, mas disse que ele terminou a produção em agosto.
Ao mesmo tempo, Herzog esteve filmando para um próximo documentário da BBC sobre o escritor Bruce Chatwin, que era amigo de Herzog até a morte de Chatwin em 1989. Herzog viajou para a Argentina para filmar cenas lá, relativas ao primeiro livro de Chatwin, "Na Patagônia", e também foi para a Austrália, onde Chatwin escreveu "The Songlines", que focaliza a cultura dos aborígenes australianos.
Herzog disse que aprova o panorama de mudança das produções de filmes. "Está mudando muito e eu dou as boas vindas, porque os sistemas de produção têm estado ruins," disse ele. "Os sistemas de produção mudaram dramaticamente. Não tem mais muito espaço sobrando entre os filmes dos estúdios e as produções de orçamento zero." Ele continua a dar oficinas de direção, mais recentemente completando uma para 48 jovens diretores na selva do Peru. "Tivemos resultados fenomenais," disse ele. "Todos tinha que fazer filmes. Os 10 mais top deles são melhores que as seleções para melhores curtas escolhidos pela Academia do Oscar... Foi um momento maravilhoso."
Fonte: indiewire
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