O diretor Rosi descreve a vida simples dos agricultores nessa terra remota e isolada, a ignorância deles e a ausência de vontade política, o profundo abismo entre as pessoas e o estado e a irrelevância das vitórias quase cômicas do Duce para essas pessoas, entre muitos outros assuntos sociais e políticos.
No filme, a vida do camponês e a vida urbana são representadas como duas civilizações estrangeiras e antítese uma da outra. Os camponeses têm sua vida própria, seus costumes, aspirações próprias. O que acontece em Roma ou na guerra contra a Etiópia, para retomar a glória de Roma não interessa a eles.
‘Cristo parou em Éboli’ também leva o público a ponderar sobre o significado filosófico da história, sua relevância e natureza. Descreve a vida do camponês como ‘congelada na história’, alienada da vida exterior e não compreendendo o tempo como nós, urbanos. A História, como a entendemos, é a história da “civilização urbana”. Como os camponeses são alienados a essa civilização, eles também são alienados a esse conceito de tempo. Nos vilarejos, vocês para de contar os dias, horas se tornam mais irrelevantes e você baseia sua vida no ciclo natural das estações. Neste sentido, o filme desafia nossa noção de história, que é a história da ‘cidade’.
Boa noite. Parece link não está funcionando.
ReplyDeleteFaltou um clique a mais. Veja agora.
ReplyDeleteFuncionando; obrigado. Não ví Irene Papas ( parece que há uma outra versão mais longa...).
ReplyDeletePode ser. Ela está na lista de atores no site do IMDb para este filme.
Deleteesperando alguma alma caridosa em traduzir a legenda kkkk
ReplyDeleteTraduzir legendas dá um trabalho enorme e tem que ter tempo.
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