Este filme é um retrato profundamente pessoal e que faz mais sentido no contexto dos outros filmes de Guzmán. Para quem não tem muito conhecimento sobre o Chile, pode ser um pouco confuso, pois se assume alguma familiaridade com a história da política chilena. (o filme “Casa dos Espíritos”, de Bille August, 1993, pode ajudar). Não confundir a escritora do livro que deu origem a esse filme, Isabel Allende, com a filha de Salvador. Isabel Allende foi filha de Tomás Allende, primo-irmão de Salvador. Salvador Allende teve também uma filha com o nome de Isabel, Maria Isabel Allende.
O fato de que nenhuma biografia oficial de Allende tenha sido publicada no Chile é algo surpreendente. É como se os chilenos quisessem não apenas esquecer o pesadelo da ditadura de Pinochet, mas também o sonho de utopia ou uma realidade talvez possível, que Allende havia oferecido em sua campanha.
Há paralelos entre Allende e o governo de Hugo Chavez, incluindo a tática da oposição de fazer greves e protestos por causa da economia do país. Não foi à toa que Chavez suspeitou, na época, do envolvimento dos norte-americanos no golpe, que quase derrubou o seu governo em 2002. Nessa tentativa, enquanto Chavez e seus ministros ficaram acuados no palácio presidencial, o exército ameaçava bombardear o prédio, uma ameaça que foi realizada pelos militares chilenos em 1973.
Allende foi o primeiro socialista marxista a ser eleito democraticamente como presidente de república e chefe de estado na América. Seus pilares ideológicos foram o socialismo, o marxismo e a social-democracia. Allende acreditava na via eleitoral da democracia representativa e considerava ser possível instaurar o socialismo dentro do sistema político então vigente em seu país. Veja mais sobre Salvador Allende. aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_Allende
Link para este documentário de 1 hora e quarenta minutos e legendado está abaixo:
https://1drv.ms/v/s!AjMUR7SXEhT_ywFzGXVLeVmm9Pyo?e=iVnc96
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