Agora ele convidou todos os governadores, todos os cônsules e príncipes de todo o império para um propósito particular. Todos respondem ao seu chamado, desde os desertos do Egito, das montanhas da Armênia, da floresta da Gália e das pradarias da Espanha.
Marcus os saúda como amigos, e diz a eles que no mundo todo, apenas duas pequenas fronteiras são ainda hostis a Roma. Uma ao norte, que separa o Império Romano daqueles chamados de bárbaros e o outro, no leste da Pérsia. Apenas nessas duas fronteiras, Roma está encontrando muralhas, paliçadas, fortificações e ódio. Mas essas não são as fronteiras que ele quer. Ele quer fronteiras humanas, a visão de uma família de nações.
Para o grande imperador, o tempo é curto e há uma decisão que ele não pode mais esperar para tomar. Ele não quer que seu filho, Commodus, seja seu sucessor. Seu desejo é que Livius, o comandante do exército do norte, o suceda. E Marco Aurélio quer apresentá-lo aos líderes das nações, como sendo seu sucessor.
O produtor deste filme é Samuel Bronston, o mesmo de ‘Rei dos Reis’ e ’55 Dias em Pequim’. ‘A queda do Império Romano’ teve uma boa bilheteria, mas não recuperou todo a montanha de dinheiro investido. Depois dos grandes sucessos de “Lawrence da Arábia”, “Ben-Hur” e “El Cid”, Bronston quis repetir o mesmo sucesso com esse novo grande épico, haja vista que ele trouxe atores desses três filmes. Ele chegou a convidar Kirk Douglas e Charlton Heston, mas este último achou mais interessante estar em ‘’55 Dias em Pequim”.
O filme vale pelo grande elenco (muitos com poucas falas), pelas cenas de batalhas e a famosa disputa de duas bigas (entre Stephen Boyd e Christopher Plummer), pela luxuosa produção e por Alec Guinness como Marco Aurélio ou Marcus Aurelius e por Christopher Plummer como Cômodo ou Commodus. Várias cenas de ação foram feitas pelo mesmo Yakima Canutt de “Ben Hur”.O símbolo que Timonides (James Mason) usa no pescoço é um staurogram, um símbolo do começo do Cristianismo. É a única menção do Cristianismo no filme.
No voo para a Espanha, para as locações do filme, um dos roteiristas começou uma conversa com Alec Guinness, depois de vê-lo trabalhando no script. Guinness dizia que ele não estava gostando das suas falas e estava reescrevendo-as, antes de começar a memorizar. Depois de grandes sucessos seus antes, de ‘A Ponte do Rio Kwai” e “Lawrence da Arábia”, ele tinha toda a fama que ele poderia fazer o que quisesse.
Christopher Plummer ficou maravilhado com toda a pompa da produção. Um Rolls-Royce ficou à sua disposição por toda a duração das filmagens. Mas, enquanto Jeffrey Hunter e Robert Ryan estavam filmando, do mesmo produtos Bronston, “O Rei dos Reis” (1961), o carro, que eles usavam, quebrou a caminho da cena do Sermão da Montanha e eles tiveram que dar uma empurrada para ver se o carro pegava, usando o figurino de Jesus Cristo e João Batista respectivamente.
O diretor Anthony Mann filmou por 143 dias, enquanto os diretores assistentes, Yakima Canutt e Andrew Marton filmavam as cenas de ação simultaneamente em 69 dias. Teve cenas em Roma e Madri e foi um dos mais caros dos anos 60, custando cerca de 16 milhões de dólares equivalente a mais de $140 milhões de dólares em 2021.
Anthony Mann, de certa forma, mostrou a Kirk Douglas que ele era capaz de ter dirigido "Spartacus", que, na época, Kirk preferiu trocá-lo por Stanley Kubrik.
O salário de Sophia Loren foi de $1 milhão ou quase $9 milhões de dólares em 2021. Ela foi, na época, a segunda mulher, além de Elizabeth Taylor, a receber essa quantia por apenas um filme.
Elenco: Stephen Boyd (Livius), Sophia Loren (Livilla), Alec Guinnes (Marcus Aurelius), Christopher Plummer (Commodus), Omar Sharif (Sohamus), Mel Ferrer (Cleander), James Mason (Timonides) e a curiosa participação de Virgílio Teixeira, um português da Ilha da Madeira, no papel de Marcellus.
Trilha Sonora de Dimitri Tiomkin. E filme é baseado em parte no livro clássico de Edward Gibbon, ‘Declínio e Queda do Império Romano’.
Abaixo, link para ver o filme:
https://1drv.ms/v/s!AjMUR7SXEhT_ywseKHMf5G2Oq-nT?e=myqS0X
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